Fatores associados a qualidade de vida de transgêneros residentes no Estado do Espírito Santo

Nome: KAIO HENRIQUE CESCONETTO COSWOSCK
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 16/09/2022
Orientador:

Nomeordem crescente Papel
VALDETE REGINA GUANDALINI Co-orientador
JOSÉ LUIZ MARQUES ROCHA Orientador

Banca:

Nomeordem crescente Papel
VALDETE REGINA GUANDALINI Coorientador
MIRIAM CARMO RODRIGUES BARBOSA Examinador Interno
KIRIAQUE BARRA FERREIRA BARBOSA Suplente Externo
JOSÉ LUIZ MARQUES ROCHA Orientador
JOSEFINA BRESSAN Examinador Externo

Páginas

Resumo: O termo transgênero (TRANS) é usado para pessoas cuja identidade de gênero difere daquela atribuída no nascimento. Grande parte desse segmento populacional enfrenta desafios sociais (falta de apoio social, discriminação, rejeição, transfobia) e psicológicos (ansiedade e depressão). Esses fatores, por sua vez, podem impactar negativamente na qualidade de vida (QV) desses indivíduos. Nesse contexto, o objetivo deste estudo foi identificar os fatores associados a QV das pessoas TRANS. O presente estudo é do tipo transversal com amostra não probabilística, realizado com adultos TRANS e cisgênero (CIS) residentes em um estado do sudeste brasileiro. Um questionário estruturado foi acessado eletronicamente para o registro de informações sociodemográficas, de saúde e de QV. A QV foi avaliada por meio do instrumento Short-Form 6 dimensões (SF-6D) validado para a população brasileira. A análise de regressão linear multivariada (método forward) foi aplicada para determinar a influência das variáveis independentes na QV (variável desfecho). Todas as variáveis que apresentaram p<0.10 nas análises bivariadas foram incluídas. As análises foram realizadas no software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS)®, versão 22.0, com nível de significância de 5%. A amostra incluiu 65 indivíduos TRANS e 78 indivíduos CIS. O grupo CIS apresentou predominância de pessoas com ensino superior (p=0.002) e maior renda (p&#8804;0.001) quando comparado com o grupo TRANS. Os participantes TRANS apresentaram pior pontuação de QV (p=0.014) e o mesmo foi observado quando a QV foi avaliada por todas as dimensões (p<0.05). Além disso, o local de residência e sofrer preconceito recente permaneceram associados à QV mesmo após ajuste para idade, identidade de gênero, ocupação e acompanhamento por profissional de saúde (p<0.05). Em suma a população TRANS apresentou pior QV quando comparada com a população CIS. Residir na capital do estado do Espírito Santo e ter sofrido episódios de preconceito, foram os determinantes associados aos menores níveis de QV da população TRANS. Políticas públicas são necessárias de modo a promover mudanças na sociedade que levem ao respeito das diversas identidades de gênero e garantam QV para esta minoria.

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