Relação entre fenótipos da sarcopenia e risco de fratura em mulheres com câncer de mama

Nome: RAYNE DE ALMEIDA MARQUES BERNABÉ
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 05/09/2022
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
JOSÉ LUIZ MARQUES ROCHA Co-orientador
VALDETE REGINA GUANDALINI Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
FABIANO KENJI HARAGUCHI Suplente Interno
FABÍOLA LACERDA PIRES SOARES Examinador Interno
JOSÉ LUIZ MARQUES ROCHA Coorientador
MARIA CLÁUDIA BERNARDES SPEXOTO Examinador Externo
TAÍSA SABRINA SILVA PEREIRA Suplente Externo

Páginas

Resumo: Mulheres com câncer de mama são um grupo de risco para o desenvolvimento da sarcopenia e aumento do risco de fraturas. Este estudo investigou a associação entre os fenótipos da sarcopenia e risco de fratura em mulheres com câncer de mama e a relação entre o risco de fratura com o estado nutricional e variáveis clínicas das mesmas. Estudo transversal, realizado em um ambulatório de mastologia de um hospital público em Vitória-ES, no período de janeiro de 2021 a maio de 2022. Participaram do estudo mulheres com idade entre 40 e 80 anos, com diagnóstico de câncer de mama dos subtipos Luminais, com tempo de diagnóstico &#8804;12 meses, que não haviam iniciado terapia endócrina, que não apresentavam metástase, não haviam sido tratadas por outra neoplasia maligna e não apresentavam recidiva. Os fenótipos da sarcopenia fora investigados pela força de preensão manual (FPM), índice de massa muscular esquelética apendicular (IMMEA) e Timed-Up and Go test (TUGT). O risco de fratura foi avaliado pelo Fracture Risk Assessment Tool (FRAX®). Como variáveis do estado nutricional foram coletadas medidas antropométricas, de composição corporal e bioquímicas. Foram consideradas variáveis clínicas o status menopausal, tempo de menopausa, tempo de diagnóstico, estadiamento clínico, subtipo histológico e tipo de tratamento. Foram conduzidos modelos de regressão linear múltipla para verificar a associação entre variáveis de exposição e fenótipos da sarcopenia, e de regressão logística binária para avaliar a influência das variáveis de exposição no risco de fratura. Foi adotado o nível de significância de p<0,05 para todos os testes, utilizando o programa SPSS 25.0. Avaliou-se 62 mulheres, das quais 11,3%, 5,5% e 3,2% apresentaram FPM, IMMEA e TUGT comprometidos, respectivamente. 14,5% das participantes tiveram alto risco de fraturas de quadril e 17,7% alto risco de fraturas maiores, segundo o FRAX®. Após modelos ajustados, a FPM permaneceu associada ao FRAX® Fraturas de quadril (p= 0,007) e ao FRAX® fraturas maiores (p= 0,007), enquanto o IMMEA se associou à massa corporal (p <0,001). A obesidade, definida pelo índice de massa corporal (IMC), (p= 0,022) e a vitamina D sérica (p= 0,021) associaram-se às categorias do FRAX® Fraturas de quadril, enquanto apenas a vitamina D sérica associou-se às categorias do FRAX® Fraturas maiores (p= 0,008). Conclui-se que força muscular, obesidade, definida pelo IMC, e vitamina D sérica associaram-se inversamente ao risco de fratura. Desta forma, ferramentas simples e capazes de serem aplicadas na prática clínica podem contribuir no rastreio de mulheres com câncer de mama em risco de fraturas.

Acesso ao documento

Acesso à informação
Transparência Pública

© 2013 Universidade Federal do Espírito Santo. Todos os direitos reservados.
Av. Fernando Ferrari, 514 - Goiabeiras, Vitória - ES | CEP 29075-910