Impacto da Pandemia da COVID-19 no comportamento alimentar e estado nutricional de estudantes universitários

Nome: CAROLINE RODRIGUES SOUTO

Data de publicação: 15/12/2023

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FABIOLA LACERDA PIRES SOARES Orientador

Resumo: Estudantes universitários encontram se em um momento de transição, o que pode influenciar em seu comportamento alimentar . Junto a isso, destaca se como fator com potencial para alterações de hábitos sociais e de alimentação a recente situação da pandemia da COVID 19. O objetivo deste trabalho foi a valiar o impacto da pandemia da COVID 19 no comportamento alimentar e estado nutricional de estudantes da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES e os fatores associados no primeiro ano e terceiro ano da pandemia no Brasil Foram convidados a participar todos os estudantes regularmente matriculados em cursos presenciais de graduação da UFES. A primeira etapa foi realizada no primeiro ano de pandemia, entre maio e junho de 2020 a segunda ocorreu em março de 2022, no terceiro ano de pandemia. A coleta foi realizada por meio de um questionário semiestruturado online com informações autorreferidas. O comer intuitivo foi avaliado por meio da escala “ Intuitive Eating Scale 2”. Para quantificacao da participacao das variaveis independentes no desfecho (estado nutricional) foi realizada regressão logística binária das duas etapas. Participaram 251 universitários com idade mediana de 22 anos. Houve aumento significativo no peso corporal, IMC e comer intuitivo entre os dois períodos. No primeiro ano da pandemia, ser do sexo feminino reduziu em 73,5% as chances de sobrepeso ou obesidade na população estudada, bem como fazer uso de tabaco (redução de 91,8%). Viver maritalmente aumentou essas chances em 21,2 vezes, sendo este aumento também observado em indivíduos que apresentaram preocupação com ganho de peso 6 vezes e insatisfação corporal (5 vezes). No terceiro ano, a prática de dietas restritivas e a percepção corporal inadequada mais que dobraram as chances de sobrepeso ou obesidade. A preocupação com ganho de peso e viver maritalmente aumentaram em 4 e 9 vezes essas chances, respectivamente. S er do sexo feminino reduziu as chances de sobrepeso ou obesidade em 76,2%, e a congruência nas escolhas corpo alimento (subescala do comer intuitivo) em 43,3% nesse período Em conclusão, variáveis sociodemográficas, de hábitos de vida e comportamentais apresentaram influência tanto em direção positiva quanto negativa no estado nutricional durante a pandemia. O comer intuitivo se apresentou como um fator protetor durante esse período, reduzindo as chances de excesso de peso nessa população.

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