Qualidade de vida, estado nutricional e fatores associados: um estudo em usuários de serviços de hemodiálise da RMGV/ES

Nome: MARINA ABELHA BARRETO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 05/03/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
LUCIANE BRESCIANI SALAROLI Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
FABIANA DE SOUZA ORLANDI Examinador Externo
FABÍOLA LACERDA PIRES SOARES Suplente Externo
LUCIANE BRESCIANI SALAROLI Orientador
ROGERIO GRACA PEDROSA Suplente Interno
VALDETE REGINA GUANDALINI Examinador Interno

Resumo: O avanço da Doença Renal Crônica (DRC) configura-se um importante problema de saúde pública, com aumento de 58% nos últimos 10 anos. A alta
prevalência é acompanhada pelo aumento do número de usuários dos
serviços de hemodiálise (HD), realizada por 92% dos indivíduos. Somado ao
baixo nível socioeconômico da população em HD que contribui para piores
desfechos de saúde, indivíduos em HD estão sujeitos a diversas alterações hemodinâmicas e metabólicas, da doença e tratamento, acarretando em alterações do estado nutricional e complicações clínicas, que afetam diretamente a qualidade de vida (QV). Uma vez que a HD prolonga a
vida de seus usuários, a QV tornou-se uma importante medida de desfecho de
saúde, direcionada à percepção das limitações físicas, psicológicas e
sociais, influenciadas pela doença, pelo tratamento. Portanto o objetivo
deste trabalho foi avaliar a associação da QV e fatores sociodemográficos,
clínicos, hábitos de vida e de estado nutricional. A QV foi avaliada por
meio do questionário SF-36 (Short-Form SF-36), estruturado em 36 itens,
subdividindo a QV em 8 domínios e sumarizados em 2 componentes (físico e
mental), com pontuações de 0 a 100. Anterior à coleta de dados, foi
realizado um estudo piloto, com participação de 57 usuários do serviço de
HD, a fim de avaliar a consistência interna e reprodutibilidade do
questionário. Posteriormente, foi realizado o presente estudo, tratando-se
de um estudo transversal, observacional, em todas as clínicas de HD da
Região Metropolitana da Grande Vitória/ES, totalizando 11 clínicas e
composto por 1.024 usuários dos serviços de HD. A pior QV foi retratada
pelo domínio aspecto físico (26,78) e a QV pelo domínio saúde mental
(72,16).
Das características sociodemográficas, de hábitos de vida, clínicas e
medidas de estado nutricional, estudadas, destacam-se o sexo masculino, faixa
etária, atividade física, número de complicações intradialíticas e
albumina sérica, associadas a QV, após ajuste para as variáveis do estudo,
configurando-se como os preditores da QV, tanto física quanto mental, desta
população. Conclui-se, portanto, que diversos fatores impactam a QV de
indivíduos em HD e desta forma avaliar a QV torna-se imprescindível, uma
vez que a baixa QV é um dos principais problemas desta população. Além
disso, o monitoramento do estado nutricional, o incentivo para a prática de
atividade física e a prevenção para redução do número de complicações
intradialíticas, associam-se a melhor QV física e mental, contribuindo para
melhores desfechos de saúde.

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