INFLUÊNCIA DE DIFERENTES DIETAS HIPERCALÓRICAS SOBRE O ESTRESSE OXIDATIVO CARDÍACO

Nome: PATRICIA VASCONCELOS FONTANA GASPARINI
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 30/04/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ANA PAULA LIMA LEOPOLDO Co-orientador
ANDRÉ SOARES LEOPOLDO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANA PAULA LIMA LEOPOLDO Coorientador
ANDRÉ FERREIRA DO NASCIMENTO Suplente Externo
ANDRÉ SOARES LEOPOLDO Orientador
CAMILA RENATA CORREA CAMACHO Examinador Externo
ÉRICA AGUIAR MORAES Examinador Interno

Páginas

Resumo: O estresse oxidativo tem sido associado à diversas alterações cardiometabólicas, sendo demonstrado o envolvimento do excesso de glicose e ácidos graxos neste processo. A proposta do estudo foi investigar os efeitos de diferentes dietas hipercalóricas sobre o estresse oxidativo cardíaco e as vias sinalizadoras pró e antioxidantes. Ratos Wistar (30 dias) foram randomizados em 4 grupos experimentais: Controle (C, n=5), Hiperglicídico (HG, n=5), Hiperlipídico (HL, n=5) e Hiperlipídico com sacarose (HLS, n=5). Os animais C, HG, HL e HLS receberam dieta padrão, dieta com alto teor de sacarose, dieta hiperlipídica com banha de porco e dieta hiperlipídica com banha de porco e sacarose por 20 semanas, respectivamente. Foram determinados a massa e depósitos de gordura corporal, índice de adiposidade, parâmetros alimentares, bem como características cardiovasculares e comorbidades. A análise do estresse oxidativo cardíaco foi realizada através das substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), expressos em níveis de malondialdeído (MDA) e proteínas carboniladas por espectrofotometria e as vias envolvidas determinadas por Western Blot. Os dados foram expressos por média e erro padrão da média e submetidos à análise de variância (ANOVA) complementada com teste de Tukey. O nível de significância adotado foi 5%. As massas corporais iniciais e finais, bem como o ganho de massa corporal não diferiram entre os grupos. Entretanto, o grupo HL apresentou aumento das gorduras
retroperitoneal, total e índice de adiposidade em relação ao C, caracterizando a obesidade, enquanto o grupo HG apresentou menor índice de adiposidade em relação aos grupos C, HL e HLS. Comparando ao HG, o grupo HL apresentou elevação dos depósitos de gordura visceral, retroperitonial e total. A área sob a curva glicêmica do grupo HLS foi maior que a do C (p =0.04). Os níveis de MDA apresentaram diferença nos grupos HL e HLS em relação ao C (C = 136  17 vs. HL = 591  103; HLS = 545  104), bem como a proteína carbonilada (C = 9.95  2.13 vs. HL = 24.6  3.5; HLS = 27.0  3.8). As proteínas relacionadas com as vias de sinalização oxidante e antioxidantes não apresentaram diferença entre os grupos. O grupo HG obteve redução do receptor de angiotensina 1 (AT1) e da glutationa peroxidase (GPX) em relação ao HL. Em conclusão, as intervenções dietéticas hiperlipídica e hiperlipídica com sacarose promoveram estresse oxidativo cardíaco, na presença ou ausência de obesidade, respectivamente. Contudo, esse processo não foi mediado pela via pro-oxidante AT1 e nicotinamida adenina dinucleotídeo fosfato (NADPH) oxidase 2 (Nox2), bem como as enzimas antioxidantes não foram capazes de prevenir o estresse oxidativo cardíaco.

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