Adiposidade abdominal e sua relação com consumo alimentar, estresse e qualidade de vida de agentes de segurança pública

Nome: LUIZ CLAUDIO BARRETO SILVA NETO

Data de publicação: 10/04/2024

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ADRIANA MADEIRA ALVARES DA SILVA Examinador Interno
JULIANA RODRIGUES TOVAR GARBIN Examinador Externo
LUIS CARLOS LOPES JUNIOR Presidente

Resumo: A adiposidade abdominal é um desafio de saúde pública que afeta profissionais de segurança pública expostos a altos níveis de estresse. Essa complexa interação entre fatores psicológicos e sociais pode desencadear respostas adversas no corpo, com impacto significativo na qualidade de vida. O objetivo principal desse estudo foi avaliar a adiposidade abdominal e investigar a sua associação com consumo alimentar, níveis de estresse, variáveis bioquímicas e qualidade de vida em profissionais de segurança pública. Trata-se de um estudo transversal realizado com 216 profissionais de segurança pública do estado do Espírito Santo. Para avaliar os sintomas de estresse, consumo alimentar e qualidade de vida, foram utilizados o Inventário de Sintomas de Estresse (ISSL), o Questionário de Frequência do Consumo Alimentar (QFCA) e o WHOQOL-bref, respectivamente. As análises estatísticas incluíram testes qui-quadrado, Mann-Whitney, regressão de Poisson e modelos de regressão múltipla (IC95%). Foi evidenciada uma prevalência de excesso de peso entre os profissionais de segurança pública (67,8%). Observou-se que os Profissionais com um índice de massa corporal (IMC) mais elevado apresentaram uma prevalência aumentada de adiposidade abdominal, indicando uma associação significativa entre essas variáveis RP: 3,35 [IC95%: 3,4-5,52; p=0,001]). Além disso, aqueles com maior adesão ao consumo de alimentos ultraprocessados também mostraram uma maior prevalência de adiposidade abdominal (RP: 1,68 [IC95%: 1,51-2,47] p=0,007). Os sintomas de estresse mostraram-se associados a um aumento de 64% no risco de maior adiposidade abdominal, enquanto a maior adesão aos alimentos ultraprocessados demonstrou um aumento de 10% no risco de adiposidade abdominal. Esses resultados destacam uma relação bidirecional entre estresse e adiposidade abdominal, realçando a importância do estresse e do consumo de alimentos ultraprocessados no aumento do risco de adiposidade abdominal. Tais fatores podem acarretar impactos metabólicos e sistêmicos, resultando na deterioração da qualidade de vida desses profissionais, ressaltando a urgência de intervenções nessa população.

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