Associação entre o estado nutricional pré-gestacional, ganho de peso e uso de insulina em mulheres com diabetes mellitus gestacional
Nome: PATRÍCIA STHEL CAIADO VENTORIM
Data de publicação: 11/09/2024
Banca:
Nome |
Papel |
|---|---|
| FABIANA DE CASSIA CARVALHO OLIVEIRA | Examinador Interno |
| JOSE LUIZ MARQUES ROCHA | Coorientador |
| KARINA DOS SANTOS | Examinador Externo |
| MIRIAM CARMO RODRIGUES BARBOSA | Presidente |
Resumo: Objetivo: O presente estudo investigou a relação entre o uso de insulina (UI), o estado nutricional pré-gestacional (ENP) e o Ganho de Peso materno (GP) durante a gestação de mulheres com Diabetes Mellitus Gestacional (DMG). Métodos: Estudo transversal retrospectivo (2017-2022) com dados secundários de mulheres com DMG atendidas em um Hospital Universitário do sudeste brasileiro. A adequação do GP foi avaliada segundo novas curvas para gestantes brasileiras. O ENP, idade, estatura, cor, escolaridade, situação conjugal, localidade, paridade, gestações, abortos, glicemia de jejum e distúrbios hipertensivos também foram avaliados. A regressão logística múltipla foi utilizada para verificar a associação da variável dependente UI com as variáveis relacionadas com o desenvolvimento do DMG. Resultados: Entre as 355 participantes, 48,7% foram classificadas com obesidade e 47,4% usavam insulina. As voluntárias com obesidade antes da gestação tiveram mais chances de usar insulina (RC 2,26; IC95%:1,16-4,41; p=0,003) do que as gestantes eutróficas. Neste mesmo sentido, as gestantes eutróficas antes da gestação, mas que tiveram GP acima do recomendado apresentaram maiores chances de usar insulina (RC 3,22; IC95%:1,15-9,05; p=0,024). Por outro lado, quando a análise foi feita dentro do grupo que teve GP adequado ou abaixo do adequado, às gestantes obesas apresentaram maiores chances de usarem insulina (RC 4,33; IC 95%:1,76-10,6;p=0,001). Os resultados reforçam a importância do cuidado nutricional tanto para adequação do peso pré gravídico, quanto para do GP gestacional. Destacando assim a necessidade do desenvolvimento de diretrizes de GP específicas para mulheres com DMG.
