“Dietas low carb e low fat e parâmetros cardiometabólicos em participantes do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto – ELSA-Brasil

Nome: LETICIA BATISTA DE AZEVEDO

Data de publicação: 24/06/2025

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
MARIA DEL CARMEN BISI MOLINA Presidente
OSCAR GEOVANNY ENRIQUEZ MARTINEZ Coorientador
TAÍSA SABRINA SILVA PEREIRA Examinador Externo
VALDETE REGINA GUANDALINI Examinador Interno

Resumo: Introdução: As doenças crônicas não transmissíveis
são responsáveis por cerca de 74% das mortes globais e estão fortemente
associadas a padrões alimentares menos saudáveis. Estratégias dietéticas
como as dietas low carb (DLC) e low fat (DLF) têm sido estudadas por seus
potenciais benefícios sobre a saúde cardiometabólica. Objetivo: Avaliar a
associação entre a adesão às dietas DLC e DLF e parâmetros
cardiometabólicos em participantes do Estudo Longitudinal de Saúde do
Adulto (ELSA-Brasil), com três objetivos específicos: (1) identificar
fatores sociodemográficos, de saúde e estilo de vida associados à adesão
às DLC e DLF; (2) analisar a associação longitudinal entre DLC e
parâmetros cardiometabólicos em indivíduos com e sem diabetes; e (3)
investigar o impacto da adesão sustentada à DLF sobre o risco
cardiovascular estimado em 10 anos. Método: Conduzidas análises
transversais (2008–2010) e longitudinais (2008–2010 e 2017–2019), cuja
linha de base compreendeu 15.105 adultos de 35 a 74 anos. Informações foram
obtidas por entrevistas, exames clínicos, laboratoriais e antropométricos
padronizados. A ingestão alimentar foi avaliada pelo Questionário de
Frequência Alimentar, com classificação de DLC (<45% de carboidratos) e
DLF (<30% de gorduras totais e <10% de saturadas). Utilizaram-se modelos de
regressão logística e quantílica, ajustados por variáveis
sociodemográficas e comportamentais, conduzidos no Software SATA versão
16.0, significância estatística em p<0,05. Resultados: A adesão à DLC
foi maior entre indivíduos com excesso de peso (OR = 1,35), maior perímetro
da cintura (OR = 1,45 em homens) e ex-fumantes (OR = 1,32 em mulheres). A
adesão à DLF foi menor entre pessoas não brancas (OR = 0,71 em mulheres),
52 anos (OR = 0,59) e com baixa atividade física (OR = 0,57 em homens). A
adesão à DLC ao longo de em média 9 anos entre indivíduos sem diabetes
esteve associada à redução de insulina ( = –0,33 µIU/mL), HOMA-IR (
= –0,11) e HOMA-B ( = –4,95), apesar do leve aumento no IMC. Entre
indivíduos com diabetes, observou-se maior redução de HOMA-IR ( =
–1,25) e insulina ( = –3,61). Por fim, a adesão sustentada à DLF
(14,4% da amostra) foi associada à redução significativa no escore de
risco cardiovascular estimado em 10 anos, nos percentis mais altos da
distribuição. Conclusão: A adesão às DLC e DLF foi associada à melhora
de indicadores cardiometabólicos, especialmente sensibilidade à insulina e
risco cardiovascular. Os efeitos foram observados mesmo com adesão moderada
e variaram conforme características sociodemográficas e de estilo de vida.

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