DEPRESSÃO E CONSUMO DE SELÊNIO EM POPULAÇÃO RURAL DO
ESPÍRITO SANTO

Nome: TATIANA LOURENÇONI FERREIRA DE ALMEIDA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 26/02/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
LUCIANE BRESCIANI SALAROLI Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALEXANDRA IGLESIAS Suplente Externo
FABÍOLA LACERDA PIRES SOARES Examinador Externo
KELLY GUIMARÃES TRISTÃO Coorientador
LUCIANE BRESCIANI SALAROLI Orientador
MIRIAM CARMO RODRIGUES BARBOSA Suplente Interno

Páginas

Resumo: Introdução: A depressão representa um problema de Saúde Pública devido
à alta prevalência e incidência nos últimos anos na população geral e especialmente na população rural. A deficiência do micronutriente selênio, acarreta impacto na saúde mental contribuindo para o desenvolvimento do mais grave e comum transtorno depressivo, o transtorno depressivo maior. Objetivo: Este estudo visa avaliar o consumo de selênio e sua associação com sintomas depressivos em agricultores do sudeste do Brasil. Metodologia: Estudo epidemiológico transversal analítico realizado com 736 agricultores do município de Santa Maria de Jetibá/ES. A coleta de dados ocorreu de dezembro 2016 a abril 2017. Foi utilizado questionário semiestruturado para coleta de dados sociodemográficos, estilo de vida e condição clínica. Os dados referentes ao consumo alimentar foram coletados por meio da aplicação de três recordatórios 24 h. Episódios depressivos foram identificados pelo instrumento Mini-International Neuropsychiatric Interview. Resultados: 16,1% (n=119) dos agricultores apresentaram sintomas de episódio depressivo maior, sendo 5,8% (n=43) episódio depressivo atual e 10,3% (n=76) episódio depressivo maior recorrente. Os fatores sociodemográficos associados à depressão foram sexo (p <0,001), estado civil (p = 0,004) e classe socioeconômica (p = 0,015). Com relação aos fatores estilo de vida e condição clínica houve associação significativa da depressão com consumo de álcool (p = 0,002), intoxicação por
agrotóxico (p = 0,001) e consumo de selênio (p = 0,032). Não houve associação significativa com a variável tabagismo. O menor consumo de
selênio foi associado a ocorrência de depressão mesmo após ajustes para as variáveis sociodemográficas, estilo de vida e intoxicação por agrotóxico (OR = 2,17; IC95% = 1,11 -1 4,24). Conclusão: O consumo inadequado de selênio é fator de risco para a depressão. Os achados deste estudo irão contribuir para limitada literatura sobre a saúde mental em trabalhadores rurais, fortalecendo as evidências da influência de nutrientes, como o selênio, no desenvolvimento da depressão.

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