Saúde e autopercepção de saúde de Agentes Comunitários de Saúde de Vitória-ES

Nome: PRISCILA COSTA MARTINS ROCHA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 23/09/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ROSELY SICHIERI Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANA CLAUDIA PINHEIRO GARCIA Suplente Externo
ELIANE DE FÁTIMA ALMEIDA LIMA Examinador Externo
FABIANO KENJI HARAGUCHI Suplente Interno
MÁRCIA MARA CORRÊA Coorientador
MARIA DEL CARMEN BISI MOLINA Examinador Interno

Páginas

Resumo: Em 2018 e 2019 foi realizado um censo do perfil de saúde e autopercepção de saúde de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) do município de Vitória (ES), como parte do projeto intitulado “Impacto da Capacitação de Agentes Comunitários de Saúde em Educação Alimentar” – CACEA. A autopercepção de saúde tem sido avaliada em diferentes grupos populacionais e apresenta estreita relação com indicadores de morbidade e mortalidade. Contudo, são escassos os estudos que avaliam a autopercepção de saúde em ACS e fatores a ela relacionados, que é o objetivo desse estudo. Aceitaram participar do estudo 262 ACS os quais foram entrevistados e submetidos a exames bioquímicos e clínicos. Variáveis sociodemográficas, comportamentais e morbidades frequentes foram avaliadas. A análise estatística utilizou os testes χ2 e exato de Fischer para avaliar a diferença das prevalências da autopercepção da saúde e modelos de regressão de Poisson, ajustados por idade, para estimar razões de prevalência (RP). Entre os participantes do estudo 94,3% são do sexo feminino, com idade média de 46,1±9,3 anos. Em relação à percepção de saúde, 16,8% a avaliaram como muito boa, 51,9% como boa, 26,3% como regular, e 2,7% e 2,3% dos ACS perceberam sua saúde como ruim e muito ruim, respectivamente. As prevalências de morbidade variaram de 17% para diabetes mellitus (DM) a 72,5% para excesso de peso. Associaram-se com a autopercepção negativa de saúde o sedentarismo (RP = 2,00 [IC 95%: 1,28 – 3,13]), o excesso de peso (RP = 2,50 [IC 95%: 1,40 – 4,47]), a obesidade abdominal (RP = 1,94 [IC 95%: 1,31 – 2,88]), DM (RP = 1,71 [IC 95%: 1,15 – 2,25]), a hipercolesterolemia (RP = 1,57 [IC 95%: 1,05 – 2,33]), síndrome metabólica (RP = 1,51 [IC 95%: 1,04 – 2,19]), sintomas depressivos (RP = 1,85 [IC 95%: 1,30 – 2,63]) e ter múltiplas morbidades (RP = 2,06 [IC 95%: 1,39 – 3,06h]). Apesar das altas prevalências de morbidades e sua associação com a autopercepção de saúde, poucos ACS avaliam sua saúde como ruim. A implementação de intervenções, com foco na alimentação saudável, atividade física e no autocuidado, pode impactar positivamente na saúde deste trabalhador, assim como na comunidade por ele assistida.

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