Consumo de alimentos minimamente processados e ultraprocessados: um estudo em usuários de serviços de hemodiálise da RMGV-ES

Nome: NINA MARA PATERLINI MARQUES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 14/05/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
LUCIANE BRESCIANI SALAROLI Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
FABIANO KENJI HARAGUCHI Suplente Interno
FABÍOLA LACERDA PIRES SOARES Coorientador
GLENDA BLASER PETARLI Examinador Externo
LUCIANE BRESCIANI SALAROLI Orientador
MIRIAN PATRICIA CASTRO PEREIRA PAIXAO Suplente Externo

Páginas

Resumo: A Doença Renal Crônica (DRC) tem se destacado entre as Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) em função do aumento expressivo nas taxas de incidência e prevalência. A terapia renal substitutiva (TRS) torna-se necessária em muitos casos, sendo a hemodiálise (HD) o tratamento mais comum. Embora a HD seja eficaz em aumentar as taxas de sobrevida, a mortalidade entre esses pacientes ainda é alta, e a alimentação tem papel fundamental no tratamento. Diante disso, propomos avaliar a associação do consumo de alimentos minimamente processados e ultraprocessados e fatores socioeconômicos, hábitos de vida e características clínicas de usuários de serviços de hemodiálise da Região Metropolitana da Grande Vitória (RMGV), Espírito Santo. Para fins desta pesquisa, os alimentos foram agrupados segundo os critérios da classificação NOVA, conforme as características do propósito e extensão do processamento industrial a que foram submetidos. Os resultados mostraram que apresentaram mais chances de menor consumo de alimentos minimamente processados os usuários com menos de 8 anos de escolaridade (OR 1,706, IC95% 1,125 2,589, p=0,012) e com renda menor ou igual a dois salários mínimos (OR 1,349, IC95% 1,007 1,806, p=0,045). Com relação aos ultraprocessados, indivíduos de 19 a 29 anos apresentaram maior chance de consumo (OR 2,857, IC95% 1,464 5,576, p=0,002). Analisando-se a profissão, usuários aposentados ou afastados por doença apresentaram 41,1% menos chances de apresentarem maior consumo de alimentos ultraprocessados (OR 0,589, IC95% 0,432 0,804, p=0,001). Da mesma forma, não exercer atividade laboral também reduziu as chances de os indivíduos consumirem esse grupo de alimentos (OR 0,566, IC95% 0,339 0,945, p=0,029). Os que não praticavam atividade física apresentaram 36,2% menos chances de consumo de alimentos ultraprocessados (OR 0,638, IC95% 0,459 0,888, p=0,008). Já em relação ao tabagismo, ser fumante atual aumentou em 2,3 vezes o risco de consumirem alimentos ultraprocessados (OR 2,349; IC95% 1,237 4,462; p=0,009) em relação aos que não fumavam. Da mesma forma, os que possuíam o hábito de consumir bebida alcoólica tiveram 1,8 mais risco de consumo desses alimentos (OR 1,835; IC95% 1,122 3,001; p=0,016). Finalmente, constatou-se que aqueles pacientes com mais de 6 anos de tratamento tinham quase 2 vezes mais chances de consumo de alimentos ultraprocessados (OR 1,975; IC95% 1,227 3,180; p=0,005) em relação a aqueles com menos tempo de tratamento. Torna-se necessário avaliar o consumo alimentar por meio desses grupos alimentares, pois permite identificar a vulnerabilidade da população aos excessos alimentares, e assim adequar e propor medidas de intervenção que garantam a saúde dos usuários dos serviços de HD.

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