Consumo de nutrientes e densidade mineral óssea em mulheres pós-menopausadas
Nome: PATRICIA PAULA DA FONSECA GRILI
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 24/08/2022
Orientador:
Nome | Papel |
---|---|
VALDETE REGINA GUANDALINI | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
---|---|
CAROLINA PERIM DE FARIA | Examinador Interno |
FABÍOLA LACERDA PIRES SOARES | Suplente Interno |
GLAUCIA CRISTINA DE CAMPOS | Suplente Externo |
KARINA GRAMANI SAY | Examinador Externo |
TAÍSA SABRINA SILVA PEREIRA | Coorientador |
Páginas
Resumo: A menopausa é um período marcado por diversas mudanças fisiológicas que podem gerar impactos negativos na saúde, qualidade de vida e envelhecimento saudável da mulher. Entre estas alterações, a massa óssea é um dos principais tecidos afetados, dado a sua estreita relação com o estrogênio. A alimentação é uma forte aliada para minimizar ou retardar a perda de massa óssea decorrente da menopausa. O baixo consumo dietético de selênio tem se relacionado com a maior prevalência de osteoporose e menor densidade mineral óssea (DMO). Ainda, a análise do padrão de nutrientes é uma alternativa para avaliar como o consumo dos nutrientes de forma conjunta se relaciona com desfechos ósseos. Considerando a escassez de estudos que relacionem o padrão de nutrientes e a ingesta dietética de selênio com a DMO em mulheres pós-menopausadas brasileiras, este trabalho teve como objetivo associar o consumo dietético de selênio e o padrão de nutrientes à DMO de mulheres em pós-menopausa. Tratou-se de um estudo transversal, analítico, observacional, realizado entre junho de 2019 e março de 2020 em ambulatório de climatério de um hospital universitário, com mulheres em menopausa há pelo menos 12 meses e idade superior a 50 anos. Foram coletadas informações sociodemográficas, de estilo de vida, clínicas e antropométricas. Foi aplicado o questionário de frequência alimentar e identificado o padrão de nutrientes, pela análise de componentes principais, além da ingestão dietética de selênio. Testes Anova, Kruskal-Wallis, Qui-Quadrado e Exato de Fisher foram aplicados para as análises bivariadas e regressão logística multivariada com modelos ajustados foram definidos para analisar a associação entre o consumo dietético de selênio e o padrão de nutrientes com a DMO. Foram incluídas 124 mulheres, com média de idade de 66,8 ± 6,1 anos e tempo de menopausa de 19,6 ± 8,8 anos. Segundo a DMO, 41% das mulheres apresentavam osteopenia e 36,6% osteoporose. O consumo de selênio se associou a DMO, as mulheres com maior consumo dietético de selênio apresentaram menos chances de osteoporose (OR: 0,02 [IC95%: 0,001-0,4; p= 0,012) quando comparadas às com menor consumo deste mineral. Ao avaliar o padrão de nutrientes, as mulheres com menor consumo do padrão de nutrientes 1 e 2 tiveram mais chances (OR: 6,64, [IC95%: 1,56-28,16], p= 0,010; OR: 5,03, [IC95%: 1,25-20,32], p= 0,023, respectivamente) de apresentarem osteopenia quando comparadas às mulheres com maior consumo desses padrões. Não houve associação com osteoporose. Como conclusão, este estudo demonstrou que o maior consumo do selênio, avaliado isoladamente se associou positivamente com a osteoporose e que o consumo de nutrientes, avaliado como um padrão de consumo, se associou positivamente com a osteopenia mas não com osteoporose nas mulheres pós-menopausadas deste estudo.