Fórmulas desidratadas para lactentes em ambientes hospitalares: Boas práticas de manipulação e qualidade microbiológica

Nome: ALINE CARVALHO SALVADOR MEDEIROS

Data de publicação: 14/07/2023

Banca:

Nome Papelordem decrescente
MONISE VIANA ABRANCHES Examinador Externo
ERICA AGUIAR MORAES Examinador Interno
JACKLINE FREITAS BRILHANTE DE SAO JOSE Presidente

Resumo: As fórmulas para lactentes podem conter contaminantes microbiológicos capazes de provocar infecções, principalmente em lactentes mais vulneráveis. Assim, o preparo de fórmulas em lactários hospitalares deve seguir as Boas Práticas (BP) de manipulação. O objetivo desse estudo foi elaborar uma revisão bibliográfica sobre o tema, e avaliar as boas práticas de manipulação e a qualidade microbiológica de fórmulas infantis reconstituídas em lactários hospitalares do Espírito Santo, Brasil. O estudo foi conduzido a partir de informações do Núcleo Especial de Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo. Os dados referentes às BP foram obtidos pelo órgão mediante ações de fiscalização com utilização de roteiro de inspeção padronizado, composto por 10 blocos. Os estabelecimentos foram classificados de acordo com o percentual de adequação aos itens do roteiro, a saber: Grupo 1 (76%), Grupo 2 (51-75,9%) e Grupo 3 (<51%). As coletas de amostras para análise microbiológica foram realizadas durante a rotina de monitoramento de alimentos na modalidade de orientação, sendo analisados os microrganismos: Salmonella, B. cereus, E. coli, Staphylococcus coagulase positiva, Enterobacteriaceae, coliformes totais e microrganismos aeróbios mesófilos. Para análise dos dados de BP e qualidade microbiológica foi conduzida análise estatística descritiva. O teste de correlação de Pearson foi realizado para avaliar correlação entre os blocos do roteiro. Foram obtidos dados de 34 lactários hospitalares e laudos de 69 amostras de fórmulas reconstituídas. O percentual de adequação geral dos lactários quanto às boas práticas foi de 62,50%. Com relação aos blocos de limpeza de materiais, processo de preparação, rotulagem, conservação e transporte, e garantia da qualidade, a maioria dos estabelecimentos foram classificados no Grupo 3. O bloco de infraestrutura apresentou correlação muito forte com de higiene pessoal. Das amostras de fórmulas analisadas, 26,79%, 15,38% e 1,45% apresentaram resultado insatisfatório para coliformes totais, Enterobacteriaceae e Staphylococcus coagulase positiva, respectivamente. A avaliação dos lactários mostrou condições higiênico-sanitárias inadequadas e contrariando as recomendações existentes para o preparo de fórmulas em pó. Os resultados das análises microbiológicas foram indicativos de falhas nas boas práticas. As atuais condições de manipulação de fórmulas em hospitais do Espírito Santo podem resultar em risco à saúde dos lactentes.

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