Doença mineral óssea da doença renal crônica (DMO-DRC), estado nutricional e fatores associados: Estudo em indivíduos em hemodiálise da região metropolitana da Grande Vitória
Nome: FERNANDA ZOBOLE PETERLE
Data de publicação: 21/06/2024
Banca:
Nome | Papel |
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LUCIANE BRESCIANI SALAROLI | Presidente |
MIRIAN PATRÍCIA CASTRO PEREIRA PAIXÃO | Examinador Externo |
TAMIRES DOS SANTOS VIEIRA | Examinador Interno |
Resumo: A doença renal crônica apresenta-se intimamente relacionada com a Doença
Mineral Óssea da Doença Renal Crônica, resultando em contextos nutricionais
distintos. Este estudo teve como objetivo avaliar os constituintes laboratoriais da
Doença Mineral Óssea da Doença Renal Crônica, em conjunto com fatores clínicos,
sociodemográficos e nutricionais em hemodialíticos da Região Metropolitana da
Grande Vitória. Estudo transversal com 790 indivíduos em hemodiálise (58%
homens) e média de idade de 54,23 anos. A Doença Mineral Óssea da Doença
Renal Crônica foi avaliada laboratorialmente com critérios diagnósticos específicos.
Utilizadas ferramentas sociodemográficas, de hábitos de vida, características
clínicas e medidas antropométricas, além de outras variáveis laboratoriais. As
chances dos indivíduos terem cálcio iônico alterado, aumentaram na ausência de
atividade laboral (OR:1,50) e renda inferior a um salário-mínimo (OR:2,00). Etilismo
(OR:1,40) e perímetro da cintura muito aumentado (OR:3,04) aumentaram as
chances de níveis alterados de vitamina D. Idosos (OR:2,04) demonstraram maior
chance de fósforo alterado. Ser do sexo masculino (OR:0,61), ter maior escolaridade
(OR:0,84) e preservação da espessura do músculo adutor do polegar (OR:0,58)
reduziram as chances de fósforo alterado. Indivíduos de cor preta (OR:0,54)
evidenciaram menores chances de alterações de paratormônio, ao passo que
àqueles que tinham um maior ganho de peso interdialítico (OR:1,01) demonstraram
maiores chances de paratormônio alterado. O paratormônio e tempo de hemodiálise
apresentaram correlação positiva moderada entre si (r:0.582, p <0.001). Níveis de
fósforo tiveram correlação positiva moderada com potássio (r:0.556, p 0.020) e
negativa com a idade (r:-0.413, p 0.036). Valores de vitamina D tiveram correlação
positiva com espessura do músculo adutor do polegar (r:0.602, p 0.018) e força de
preensão palmar à direita (r:0.402, p <0.001), e correlação negativa com perímetro
da cintura (r:-0.600, p 0.020) e área muscular do braço (r:0.769, p 0.024). Índices de
cálcio iônico tiveram forte correlação positiva com tempo de terapia substitutiva
(r:0.961, p 0.015) e forte correlação negativa com índice de massa corpórea (r:-0.82,
p 0.046).