Fases do Estresse, Indicadores Antropométricos e Bioquímicos em Servidores da Segurança Pública

Nome: DANIELLA MESSA KUBIT

Data de publicação: 17/05/2024

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
JOSE LUIZ MARQUES ROCHA Presidente
MARILDA EMMANUEL NOVAES LIPP Examinador Externo
MIRIAM CARMO RODRIGUES BARBOSA Coorientador
MONICA CATTAFESTA Examinador Interno

Resumo: Introdução: O estresse pode ser classificado em três fases: alerta, resistência e exaustão. Em cada uma delas existem alterações fisiológicas próprias que podem impactar na composição corporal e nos exames bioquímicos de indivíduos estressados. Servidores de segurança pública (SSP) são considerados mais vulneráveis ao estresse devido às exigências inerentes à sua profissão. Portanto, este segmento populacional enfrenta impactos do estresse sobre a saúde, os quais podem afetar diretamente o desempenho profissional. Objetivo: Avaliar a associação entre o estresse percebido e indicadores antropométricos e bioquímicos em SSP do Espírito Santo. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional transversal com análises de biomarcadores séricos, avaliações da composição corporal e das fases de estresse através do Inventário de Sintoma de Estresse (ISSL). A análise descritiva foi estratificada pelas fases do estresse, com variáveis categóricas apresentadas por meio de frequências relativas e absolutas avaliadas pelo teste Qui-quadrado de Pearson. As variáveis contínuas foram apresentadas por meio das medidas de tendência central (média e mediana) e medidas de dispersão (desvio-padrão e intervalo interquartílico), de acordo o teste de normalidade. Modelos de regressão linear foram utilizados para testar associações entre as variáveis dependentes e as fases do estresse. As análises foram conduzidas no software SPSS® versão 25.0 e o nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: A amostra final (n=264) foi composta predominantemente de homens (73,6%), com idade mediana de 40 anos, autodeclarados pardos (49,0%), atuando na região metropolitana do estado (81,9%), em serviços internos (59,2%) e com ensino médio ou técnico completo (65,4%). Ao avaliar o nível de estresse, 48,1% dos SSP foram identificados como estressados, desses 22,8% na fase de resistência e 25,1% na fase de exaustão. A proporção mais elevada de estresse foi observada no sexo feminino (60,3%) (p<0,05). A fase de resistência apresentou associação positiva com o percentual de gordura corporal (=0,149; IC95%: 0,236 – 5,859), com a gordura corporal central (=0,188; IC95%: 0,327 – 4,128), gordura corporal total em quilogramas (=0,165; IC95%: 0,153 – 7,210) e gordura visceral (=0,181; IC95%: 0,273 – 3,862) mesmo após o ajuste por variáveis de confusão (p<0,05). Ademais, a fase de exaustão apresentou associação negativa com o colesterol total ( = -0,163; IC95%: -28,316 - -1,190), LDL-c ( = -0,156; IC95%: -21,946 – -0,125) e linfócitos percentuais ( = -0,224; IC95%: -6,410 – -1,343). Por outro lado, esta fase se associou positivamente com a Razão Neutrófilo-Linfócitos ( = 0,255; IC95%: 0,176 – 0,669) e com os segmentados percentuais ( = 2,728; IC95%: -1,058 – 6,595) (p<0,05). Conclusão: A fase de resistência do estresse está associada com o acúmulo de gordura corporal. Por outro lado, a fase de exaustão demonstra associações com marcadores bioquímicos envolvidos no metabolismo lipídico e no sistema imunológico destacando os impactos diferentes do estresse nos SSP.

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