Sintomas de Impacto Nutricional em indivíduos com câncer de cabeça e pescoço

Nome: THAINÁ CEZINI DO ROSARIO

Data de publicação: 16/07/2024

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
DAIENE ROSA GOMES Examinador Externo
FABIOLA LACERDA PIRES SOARES Coorientador
LUCIANE BRESCIANI SALAROLI Presidente
MIRELLE LOMAR VIANA Examinador Interno

Resumo: Introdução: O câncer de cabeça e pescoço (CCP) acomete regiões diretamente relacionadas ao trato digestivo, ocasionando uma ingestão alimentar inadequada e ele está consistentemente relacionado aos sintomas de impacto nutricional (SIN). Os SIN intensificam a redução do consumo alimentar, o que afeta o estado nutricional. Objetivo: Analisar a severidade dos SIN e interferência na ingestão oral no estado nutricional de indivíduos pré-tratamento com CCP em um centro de referência em oncologia na Grande Vitória-ES-Brasil. Método: Trata-se de um estudo com pacientes com CCP, de um Hospital referência em oncologia na região metropolitana de Vitória. Aplicou-se um questionário contendo variáveis sociodemográficas, clínicas, hábitos de vida e alteração alimentar. Realizou-se a avaliação antropométrica, triagem de risco nutricional por meio do NRS-2002 e rastreio dos SIN pelo Head and Neck Patient Symptom Checklist (HNSC). Para análise estatística utilizou-se software R (4.3.1) para Windows com nível de significância de 5%. Resultados: Participaram do estudo 132 indivíduos. Na regressão linear múltipla observou-se que o câncer localizado na laringe (p=0,031) possui uma estimativa de redução de 6,67 pontos no escore de SIN comparados à localização na cavidade oral. Em relação ao tabagismo, indivíduos ex-fumantes (p=0,019) possuem uma estimativa de redução de 5,87 pontos no escore de SIN comparados aos fumantes, e no risco nutricional (p=0,009) possuem uma estimativa de acréscimo 6,15 pontos no escore total de SIN comparados àqueles que não apresentaram risco nutricional. No estado nutricional observou-se que a cada 1 ponto do escore da gravidade da interferência da ingestão oral dos SIN estimou-se uma redução de 3,3 Kg/m² do IMC e 3,0 cm do perímetro da panturrilha (PP). Conclusão: A localização do tumor, tabagismo e a presença do risco nutricional influenciam na quantidade e severidade dos SIN. À medida que se aumenta o escore na gravidade de interferência na ingestão oral dos SIN, há uma redução tanto no IMC quanto no PP, inferindo a depleção do estado nutricional. Estratégias para melhoria do estado nutricional e controle de tabagismo são importantes para redução dos sintomas e melhoria na qualidade de vida desses pacientes.

Acesso ao documento

Acesso à informação
Transparência Pública

© 2013 Universidade Federal do Espírito Santo. Todos os direitos reservados.
Av. Fernando Ferrari, 514 - Goiabeiras, Vitória - ES | CEP 29075-910