Risco nutricional, sintomas de impacto nutricional e fatores associados em pacientes com câncer de cabeça e pescoço

Nome: LOUISE VASCONCELOS DE OLIVEIRA SOARES

Data de publicação: 23/08/2024

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
FABIOLA LACERDA PIRES SOARES Presidente
LUCIANE BRESCIANI SALAROLI Coorientador
MIRELLE LOMAR VIANA Examinador Interno
RENATA BRUM MARTUCCI Examinador Externo

Resumo: Introdução: A desnutrição é um achado comum no câncer de cabeça e pescoço (CCP), e fatores como a localização do tumor, tratamentos utilizados, efeitos colaterais e estágio da doença atuam direta ou indiretamente no estado nutricional. Detectar o risco nutricional e sintomas de impacto nutricional (SIN) podem prevenir a desnutrição ou propiciar intervenção nutricional precoce. Objetivo: Identificar os fatores associados ao risco nutricional e avaliar se os SIN são determinantes significativos do risco nutricional em pacientes com CCP. Método: Trata-se de um estudo transversal com 132 pacientes com CCP, de um hospital oncológico de referência em Vitória. A coleta de dados ocorreu entre setembro de 2022 e janeiro de 2024, logo após a confirmação do diagnóstico. Foram aplicados o questionário Head and Neck Symptoms Checklist (HNSC) para rastrear os SIN e o Nutritional Risk Screening (NRS-2002) para a triagem do risco nutricional. Também foram coletadas variáveis sociodemográficas, hábitos de vida, alterações alimentares e realizada avaliação antropométrica. Resultados: Dos participantes, 46,2% apresentaram risco nutricional. Observou-se que uma renda familiar de até 2 salários mínimos aumentou em 2,9 vezes as chances de desenvolver risco nutricional (OR = 2,916; IC95% = 1,017-8,359; p = 0,046). Adicionalmente, cada centímetro de aumento no perímetro da panturrilha (PP) reduziu em 24,9% as chances de risco nutricional (OR = 0,751; IC95% = 0,646-0,873; p < 0,001). Pacientes com renda 2 salários mínimos apresentaram um aumento de 0,54 pontos no escore do NRS-2002 em comparação com aqueles com renda > 2 salários mínimos (p = 0,026). Em relação aos SIN, cada ponto no escore de disfagia (p = 0,002) e alteração do olfato (p = 0,024) aumentou 0,19 pontos no escore do NRS. Conclusão: Indivíduos com baixa renda possuem maiores chances de risco nutricional, enquanto aqueles com um maior PP apresentam redução desse risco, destacando esses fatores como determinantes críticos no estado nutricional de pacientes com CCP. Adicionalmente, a renda e SIN, como disfagia e alteração do olfato, são fatores cruciais para o aumento do risco nutricional no período pré-tratamento.

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