Mioesteatose, prognóstico e eventos adversos no câncer de mama: revisão sistemática e metanálise de estudos de coorte
Nome: NAIRA MARCELI FRAGA SILVA
Data de publicação: 11/08/2024
Banca:
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Papel |
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ANDRESSA BOLSONI LOPES | Examinador Interno |
DANIELA ALVES SILVA | Coorientador |
THAIS MANFRINATO MIOLA | Examinador Externo |
VALDETE REGINA GUANDALINI | Presidente |
Resumo: A mioesteatose está associada a uma variedade de resultados negativos na oncologia, mas em pacientes com câncer de mama (CM) os resultados são conflitantes. Portanto, procuramos analisar criticamente as evidências sobre a associação entre a mioesteatose, a sobrevida geral, a sobrevida livre de doença/progressão e os eventos adversos do tratamento no CM. A revisão foi conduzida e relatada de acordo com as diretrizes PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses). Dois revisores independentes examinaram, selecionaram e avaliaram os registros. Dezesseis estudos foram incluídos. A mioesteatose afetou entre 13 e 61% das pacientes avaliadas e os protocolos para sua análise foram heterogêneos e, em geral, relatados de forma incompleta. A análise dos dados atuais não apoiou a hipótese de uma relação entre a mioesteatose em mulheres com CM e a sobrevida global (HR: 1,04; IC95% 0,98-1,11; p=0,23; I²=64%) ou a sobrevida livre de doença/progressão (HR: 1,15; IC95% 0,91-1,45; p=0,24; I²=73%). Além disso, os resultados sobre eventos adversos não foram uniformes, o que impediu que fossem analisados em conjunto. Por fim, esses resultados destacam a necessidade urgente de estabelecer parâmetros mínimos para a análise da mioesteatose, bem como a necessidade de desenvolver novos estudos para confirmar a ausência dessas associações ou a possível influência dos métodos de avaliação nos resultados obtidos.