Índice de conicidade como indicador de obesidade abdominal e preditor de risco cardiovascular para a população brasileira

Nome: YASMIN FRANCO RODRIGUES SILVA

Data de publicação: 21/02/2025

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
FABIANO KENJI HARAGUCHI Examinador Interno
LUCIANE BRESCIANI SALAROLI Presidente
MÁRCIA REGINA DE OLIVEIRA PEDROSO Examinador Externo

Resumo: INTRODUÇÃO: O Índice de Conicidade (índice C) teve sua origem na observação de
que o acúmulo de gordura ao redor da cintura favorece a mudança do formato do corpo
de um cilindro para um cone duplo, tornando-se mais sensível para identificar a
deposição de gordura na região abdominal. No entanto, apesar de sua relevância, ainda
não existem pontos de corte do índice de conicidade definidos a partir de uma amostra
representativa da população brasileira. OBJETIVO: Determinar os pontos de corte do
índice de conicidade e a prevalência de risco cardiovascular para a população
brasileira. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal utilizando dados
secundários da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013, uma pesquisa de base domiciliar
com abrangência nacional. Para determinar o ponto de corte do índice C de acordo com
a classificação de risco estabelecida pelo escore de Framingham, foi realizada a análise
da curva ROC. Os pontos de corte foram definidos de acordo com a especificidade,
sensibilidade e índice de Youden. Todas as análises foram realizadas com o software
R (4.0.3) para Windows. O nível de significância adotado foi de 5%. RESULTADOS: O
ponto de corte para o índice C para mulheres foi de 1,285, a área sob a curva (AUC)
foi de 0,716, enquanto para os homens foi de 1,344 e AUC foi de 0,738. A prevalência
de risco cardiovascular avaliado por meio do índice C na população brasileira foi de
39,6%. Ao segmentar por sexo, observou-se a prevalência em homens de 35,37 e em
mulheres de 64,6%. CONCLUSÃO: Os resultados deste estudo destacam a relevância
do Índice C como ferramenta para avaliação do risco cardiovascular na população
brasileira, apresentando pontos de corte específicos para homens (1,344) e mulheres
(1,285). A prevalência elevada de risco cardiovascular identificada, especialmente entre
as mulheres, reforça a importância de estratégias direcionadas para o controle da
obesidade abdominal como medida preventiva. O índice C mostrou boa acurácia,
conforme indicado pelas áreas sob a curva (AUC), sendo uma medida promissora para
incorporar a avaliações populacionais e práticas clínicas no Brasil.

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