Fatores associados ao risco para transtornos alimentares e alimentação emocional na população adulta com Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade

Nome: GABRIELA GRILLO DA SILVA

Data de publicação: 29/04/2025

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
FABIOLA LACERDA PIRES SOARES Presidente
LIANE MURARI ROCHA Examinador Externo
MIRELLE LOMAR VIANA Examinador Interno

Resumo: Introdução: As características do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade
(TDAH) podem contribuir para o desenvolvimento de transtornos alimentares (TAs)
nessa população, além de ser um público que frequentemente apresenta um comer
emocional. Objetivo: Avaliar o risco de TAs e alimentação emocional e seus fatores
associados na população adulta com TDAH residente na Região Metropolitana da
Grande Vitória (RMGV). Método: O estudo incluiu pessoas com diagnóstico médico
de TDAH e que apresentavam idade entre 18 e 59 anos. A coleta de dados foi
realizada por meio de questionário online com instrumentos autoaplicáveis, contendo
dados sociodemográficos, clínicos, de estilo de vida, estado nutricional e escore de
autocompaixão. O risco para TAs foi avaliado por meio do Eating Disorders
Examination Questionnaire (EDE-Q), e a alimentação emocional foi avaliada a partir
da subescala “Alimentação Emocional” do “Three Factor Eating Questionnaire” –
versão reduzida de 21 itens (TFEQR-21). Os dados foram analisados no software
JASP, versão 18.3. Resultados: Participaram do estudo 151 indivíduos, sendo 68,7%
do sexo feminino. A mediana da idade foi de 25 anos, e a maior parte da amostra não
vivia com companheiro. A mediana e intervalo interquartil da pontuação na escala que
avalia risco para TAs foi de 2,32 (2,41). Quanto ao escore de alimentação emocional,
a pontuação foi de 50,00 (44,44). Cada acréscimo de 1 ponto no IMC aumentou em
0,053 pontos no risco para TAs (p = 0,005). Já o aumento de 1 ponto no escore de
autocompaixão resultou na diminuição de 0,339 pontos no EDE-Q (p = 0,009). A
prática de dietas também esteve associada ao aumento do risco para TAs. A análise
de mediação revelou que a alimentação emocional medeia a relação entre essas
variáveis e o risco para TAs. Ao analisar quais eram os fatores associados a
alimentação emocional (como desfecho), foi encontrado que o aumento no IMC, a
prática de dietas, o estado civil e a presença de outras comorbidades predizem maior
alimentação emocional nesse público. Conclusão: O valor do IMC e a realização de
dietas são fatores associados ao risco para TAs, enquanto a autocompaixão se
apresentou como um fator de proteção. A alimentação emocional é mediadora da
relação entre essas variáveis e o desfecho. Sendo que o maior IMC, a prática de
dietas, o estado civil e a presença de outras comorbidades são preditores de maior
alimentação emocional nessa população.

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