Caracterização do mercado de alimentos orgânicos na Grande Vitória-ES
Nome: JHENIFER DE SOUZA COUTO OLIVEIRA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 20/02/2020
Orientador:
Nome |
Papel |
|---|---|
| CAROLINA PERIM DE FARIA | Co-orientador |
| JACKLINE FREITAS BRILHANTE DE SÃO JOSÉ | Orientador |
Banca:
| Nome |
Papel |
|---|---|
| VALDETE REGINA GUANDALINI | Suplente Interno |
Páginas
Resumo: A ascensão do mercado orgânico de alimentos tem acontecido no mundo e também no Brasil, impulsionada pelo aumento da demanda dos consumidores, principalmente. Por isso, considera-se relevante o levantamento de informações sobre o mercado de alimentos orgânicos, pois podem ajudar na definição de estratégias de divulgação e expansão deste. Ressalta-se ainda que a investigação da influência de possíveis diferenças entre os preços dos alimentos orgânicos e convencionais pode permitir melhor entendimento do comportamento dos consumidores. Assim, com esse trabalho, objetivou-se caracterizar o mercado de alimentos orgânicos na região metropolitana de Vitória-ES. Para isso, foi realizada, durante o ano de 2019, uma pesquisa tipo corte transversal, descritiva e exploratória, com 50 produtores/comerciantes e 281 consumidores orgânicos capixabas, por meio da aplicação de questionários semiestruturados em feiras orgânicas, supermercados e locais de grande fluxo de pessoas. Realizou-se estatísticas descritivas com uso de valores percentuais e médias. Para avaliar as diferenças de proporções foi utilizado o teste Exato de Fisher. Após a identificação dos alimentos orgânicos mais consumidos pela população, pesquisou-se os preços destes e de seus convencionais correspondentes. A análise comparativa das médias de preços foi realizada por meio de teste de Kruskal-Wallis. Os dados revelaram que, em geral, os
produtores/comerciantes eram homens, brancos, casados e possuíam baixa renda e baixo nível de escolaridade. Produziam e comercializam alimentos
orgânicos motivados, principalmente, por questões de saúde e financeiras.
A falta de mão-de-obra e de apoio governamental/crédito foram as maiores
dificuldades à produção orgânica. Os consumidores, geralmente, eram
mulheres, brancos, casados e com alto nível de renda e de escolaridade.
Consumiam, principalmente, frutas e hortaliças orgânicas, motivados,
principalmente, por aspectos relacionados à saúde, mas fatores como pouco
acesso aos locais de venda e preço limitam o aumento do consumo. Os preços
médios, para a maioria dos gêneros alimentícios pesquisados, foram as dos
tipos convencionais vendidos em feiras livres. Os orgânicos comercializados
em mercados tiveram os preços mais caros. No geral, encontrou-se que os
preços dos orgânicos são maiores que os dos convencionais e diferenças
estatísticas significantes foram encontradas entre os preços da maioria dos
alimentos, o que pode impactar no valor final da compra dos consumidores.
