PERFIL, PRÁTICAS, CONHECIMENTOS E PERCEPÇÃO DE RISCO SOBRE SEGURANÇA DOS ALIMENTOS DE CONSUMIDORES FREQUENTADORES DE FEIRAS LIVRES

Resumo: Na Região Metropolitana da Grande Vitória, Espírito Santo, há 112 (cento e doze)feiras livres, as quais são distribuídas nos municípios de Cariacica, Fundão, Guarapari, Serra, Viana, Vila Velha e Vitória. Nestas feiras são comercializados desde produtos in natura, produtos artesanais até e prontos para consumo (Silva et al., 2023). As feiras livres são caracterizadas como espaços públicos, em que produtos são expostos e vendidos, proporcionando o encontro entre produtores e consumidores de forma periódica e ágil. Além disso, são conhecidas por oferecerem produtos típicos da
região em que estão situadas (Ferreira et al., 2020). Neste sentido, sua relevância vai além dos aspectos econômicos, incluindo a influência sobre os hábitos alimentares, tradições e cultura (Araujo; Ribeiro, 2018). Portanto, as feiras livres são espaços que oferecem uma ampla variedade e qualidade de produtos alimentícios frescos, promovendo a valorização dos pontos citados anteriormente, além de atrair os consumidores pelo preço acessível (Ribeiro et al., 2022). Entretanto, por serem espaços públicos, de maneira geral, as feiras apresentam infraestrutura precária, hábitos higiênicos sanitários inadequados e manipulação incorreta dos produtos, podendo comprometer assim a Segurança Alimentar e nutricional (SAN) dos consumidores. A qual está relacionada à garantia de condições de acesso aos alimentos básicos, seguros e de qualidade, em quantidade suficiente, de modo permanente e sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais” (Ribeiro et al., 2022). Dessa forma, a segurança dos alimentos também pode ser comprometida, já que seu conceito implica que o alimento não causará dano ao consumidor quando preparado e/ou consumido de acordo com as adequadas
condições higiênicos-sanitárias, estando diretamente relacionado às Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA) quando não alcançadas (Rodrigues et al., 2020).Por conseguinte, compreender o perfil do consumidor local, identificar as motivações da escolha dos produtos comercializados e analisar o comportamento do público que frequenta as feiras pode ser fundamental para aprimorar a infraestrutura do ambiente de compra, o que contribui para a melhoria dos serviços oferecidos e para a garantia da SAN (Ribeiro et al., 2022)1. Além disso, a percepção de risco dos consumidores
também contribui para tal melhoria, posto que abrange o julgamento dos riscos físicos,
químicos, financeiros e psicológicos relacionados aos alimentos (Rodrigues et al., 2020).
Deste modo, os alimentos oferecidos em feiras livres podem estar associados a casos de DTHA, devido às inadequadas condições higiênico sanitárias durante o acondicionamento, o preparo, o transporte e a exposição dos alimentos comercializados, sendo um relevante problema de saúde pública (Silva et al., 2023).Logo, faz-se necessário compreender o perfil dos consumidores, práticas, nível de conhecimento e percepções de risco sobre segurança de alimentos, para que as condições higiênico-sanitárias e qualidade dos alimentos comercializados nas feiras livres sejam acompanhadas, com o objetivo de garantir a segurança dos alimentos e, consequentemente, a saúde desses indivíduos.

Data de início: 20/08/2024
Prazo (meses): 36

Participantes:

Papelordem decrescente Nome
Coordenador JACKLINE FREITAS BRILHANTE DE SÃO JOSÉ
Acesso à informação
Transparência Pública

© 2013 Universidade Federal do Espírito Santo. Todos os direitos reservados.
Av. Fernando Ferrari, 514 - Goiabeiras, Vitória - ES | CEP 29075-910