Defesa de dissertação – Giuliana Rizzo Taveira

Título do trabalho:
Evolução do estado nutricional e fatores clínicos associados em crianças com Alergia à Proteína do Leite de Vaca em uso de fórmulas infantis especiais

Resumo:

Introdução: A alergia a proteína do leite de vaca é uma das alergias alimentares mais frequentes entre as crianças até 2 anos de idade, que quando impossibilitadas de receber o aleitamento materno necessitam de fórmulas infantis especiais (FIE). Objetivo: Caracterizar e analisar o estado nutricional e fatores clínicos associados na população beneficiária do programa de fornecimento de FIE no SUS no estado do Espírito Santo, Brasil. Metodologia: Trata-se de um estudo de longitudinal com dados secundários provenientes dos prontuários utilizados pela Secretaria de Estado da Saúde (SESA/ES) para solicitações de fórmulas infantis especiais (FIE) para Alergia à Proteína do Leite de Vaca. A população do estudo foi constituída por todas as crianças que ingressaram no programa de fornecimento de fórmulas infantis para APLV nos anos de 2017, 2018, excluindo-se aquelas com comorbidades ou com ausência de dados necessários para avaliação dos índices antropométricos de Peso/Idade, Estatura/Idade, Peso/Estatura e IMC/Idade. Os dados foram analisados com a utilização dos aplicativos: WHO Anthro e Statistical Package for the Social Science (SPSS), versão 20.0. Após a classificação do estado nutricional (EN), foi realizada a comparação do EN no início e final do tratamento com as FIE. Posteriormente foi realizada através de uma regressão logística multinomial para investigação dos fatores determinantes na evolução nutricional das crianças.  Resultados: Houve aumento em todos índices antropométricos analisados com resultados estatisticamente significantes (p< 0,01), havendo redução do déficit nutricional e aumento de crianças em risco de sobrepeso e sobrepeso. A regressão logística multinomial demonstrou que as crianças que permaneceram < 12 meses no programa tiveram 43% menos chances de inadequação o seu EN com aumento do IMC/I. As crianças prematuras apresentaram 3,954 mais chances de piora do IMC/I e as que tiveram aconselhamento nutricional possuíam 36% menos chances de manter o EN adequado, quando comparada ao grupo de referência. Conclusão: O programa de fornecimento de FIE afeta consideravelmente o EN das crianças com APLV. Ficou evidente necessidade do monitoramento nutricional e implantação de critérios distintos de fornecimento conforme a EN.

Discente:
Giuliana Rizzo Taveira

Orientador:
Miriam Carmo Rodrigues Barbosa
Carolina Perim de Faria

Data da defesa:
19/12/2022.

Horário:
14h00.

Local:
Webconferência - meet.google.com/euv-serh-mii

 

Tags: 
Acesso à informação
Transparência Pública

© 2013 Universidade Federal do Espírito Santo. Todos os direitos reservados.
Av. Fernando Ferrari, 514 - Goiabeiras, Vitória - ES | CEP 29075-910