Defesa de dissertação – Luisa Martins Simmer

Título do trabalho:
“Atuação dos Capsinóides sobre o Perfil Inflamatório e Caracterização Morfofisiológica do Tecido Hepático de Ratos Obesos Induzidos por Dieta Hiperlipídica.”

Resumo:

Introdução: Dentre as morbidades desencadeadas pela obesidade em que se pode gerar prejuízos sistêmicos, se tem a doença hepática gordurosa associada a disfunção metabólica (DHGAM) cuja progressão se dá a partir da deposição de moléculas lipídicas no fígado. A busca crescente por alimentos naturais e funcionais, como alternativa de melhorar a saúde, se destacam as pimentas, devido sua ampla utilização. Os capsinódes, compostos bioativos presentes nas pimentas do gênero Capsicum annuum, têm sido estudados por propiciar perda de massa corporal e aumento do gasto calórico. Objetivo: Investigar se o tratamento com capsnóides promove benefícios sobre parâmetros inflamatórios e hepáticos de ratos na condição de obesidade. Métodos: Ratos Wistar induzidos, mantidos e redistribuídos após o desenvolvimento da condição de obesidade, submetidos quanto à ausência ou presença do tratamento com capsinóides, por 8 semanas. Ao final do protocolo experimental, com duração de 27 semanas, os animais foram eutanasiados e foi coletado sangue, plasma e tecidos adiposos e hepático para realização de análises morfométricas. Este estudo foi aprovado pela CEUA-UFES nº08/22. A análise dos dados foi realizada pelo teste de normalidade de Kolmogorov-Smirnov e os resultados expressos pela média ± desvio padrão. As comparações entre os grupos foram realizadas com teste t de Student e as comparações da evolução da massa corporal e o teste de tolerância à glicose (GTT) foram realizadas por ANOVA duas vias no modelo de medidas repetidas e complementadas com o teste de comparações múltiplas de Bonferroni. As análises dos dados e os gráficos foram realizadas no programa estatístico Graphpad Prism 8 e o nível de significância foi de 5%. Resultados: O grupo na condição de obesidade (Ob) em comparação com o grupo controle (C), apresentou maiores valores de massa corporal, consumo calórico, níveis glicêmicos, área sob a curva de glicose e maiores dosagens hormonais de insulina, leptina e colesterol. Todavia, foi observado menor valor de ingestão alimentar. No grupo tratado com capsinóide (ObCap), quando comparado ao grupo Ob, não foram visualizadas diferenças estatísticas nos parâmetros de massa corporal, ingestão alimentar, consumo calórico, eficiência alimentar, índice de adiposidade, análise morfométrica do tecido adiposo, perfil glicêmico e perfil inflamatório. No entanto, houve redução nos níveis plasmáticos de grelina e colesterol. Em relação ao diagnóstico e grau de evolução da DHGAM, os animais ObCap, apresentaram diminuição da quantidade de gordura hepática (ObCap<Ob), bem como a atenuação da progressão da DHGAM, mesmo que tal consideração não tenha sido diferente estatisticamente. Conclusão: O tratamento não foi eficaz em promover benefícios sobre os parâmetros inflamatórios na condição de obesidade, embora tenha promovido diminuição de grelina, colesterol, acúmulo de gordura hepática e ainda, atenuou a progressão da DHGAM nos animais tratados com capsinóide, o que pode ser promissor no combate às doenças crônicas, em especial as que se relacionam com o metabolismo lipídico.

Discente:
Luisa Martins Simmer

Orientador:
Ana Paula Lima Leopoldo
André Soares Leopoldo

Data da defesa:
23/09/2025.

Horário:
14h30.

Webconferência:
https://meet.google.com/kjf-oeho-mjx

Acesso à informação
Transparência Pública

© 2013 Universidade Federal do Espírito Santo. Todos os direitos reservados.
Av. Fernando Ferrari, 514 - Goiabeiras, Vitória - ES | CEP 29075-910