Defesa de dissertação – Renata Chácara Pires

Título do trabalho:
“Risco cardiovascular e aptidão física: Um estudo com crianças de 7 a 10 anos na região metropolitana de Vitória/ES”

Resumo:

Introdução: A frequência e intensidade dos fatores de risco cardiometabólico estão crescendo, muitas vezes surgindo na infância e agravando doenças crônicas na fase adulta. A elevada interconexão entre o aumento do peso, comportamento sedentário e baixa aptidão física favorecem o desenvolvimento precoce de danos à saúde. Objetivo: Investigar a associação da aptidão física, estado nutricional, hábitos alimentares e estilo de vida com fatores de risco cardiometabólico em crianças na faixa etária de 7 a 10 anos da região metropolitana de Vitória, ES, a partir do banco de dados do Projeto “Prevenção da Obesidade Infantil na Atenção Primária em Saúde: Um ensaio comunitário na região Metropolitana de Vitória/ES”. Foram elaborados dois artigos para atender aos objetivos específicos do estudo. Metodologia: Realizou-se um estudo transversal com crianças em Unidades de Saúde da Família, avaliando dados sociodemográficos, bioquímicos, antropométricos, hemodinâmicos, aptidão física cardiorrespiratória (ApFCR), estilo de vida e hábitos alimentares. Fatores de risco cardiometabólico avaliados: colesterol total, HDL-c, LDL-c, triglicerídeos (TG), glicemia de jejum e PA. ApFCR foi avaliada pelo teste de corrida/caminhada de 6 minutos e classificados em "fisicamente inapto" e "fisicamente apto" e EN pelo Índice de Massa Corporal (IMC)/idade e categorizados: "sem excesso de peso [≤ z-score +1]" e "com excesso de peso [>z-score +1]". O comportamento sedentário foi definido como tempo de tela (TT) > 2h/dia e risco metabólico por escore. As crianças foram categorizadas pela combinação do EN e ApFCR e, também, por TT e ApFCR. Análises bivariadas foram realizadas e modelos de regressão testados, utilizado o software SPSS versão 21.0. Adotando p<0,05. Resultados: Cerca de 65% das crianças apresentaram baixa ApFCR e 59% excesso de peso (sobrepeso+obesidade). Foram observadas maiores chances de apresentar HDL-colesterol alterado na categoria excesso de peso + inaptidão física. Crianças com excesso de peso apresentaram maiores chances de triglicerídeos alterado e presença de ≥ 3 fatores cardiometabólicos. Os fisicamente inaptos apresentaram quase o dobro de chance. Observou-se maiores chances de presença de risco metabólico, avaliado através do escore de risco metabólico (ERM), nas crianças com atividade física <1hora/dia (OR=1,936 [IC95%1,14-3,26]; p=0,013) e comportamento sedentário evidenciado pelo tempo de tela >2horas/dia (OR=2,392 [IC95%1,05-5,44]; p=0,038). Conclusão: A chance de crianças com excesso de peso apresentarem TG alterado e três ou mais fatores de risco cardiometabólico dobrou quando apresentavam também inaptidão física. Observou-se o dobro de chances para as crianças apresentarem risco metabólico quando eram insuficientemente ativas (atividade física inferior a 1 hora por dia) e quando apresentavam tempo de tela acima de 2 horas por dia. Os resultados destacam o papel protetor da ApFCR, da redução do TT e da prática regular de atividade física nas crianças.

Discente:
Renata Chácara Pires

Orientador:
Maria del Carmen Bisi Molina
Míriam Carmo Rodrigues Barbosa

Data da defesa:
24/07/2024.

Horário:
08h30.

Local:
Webconferência - https://meet.google.com/aom-dwny-cqt

Tags: 
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